Começou os estudos de Odontologia,
Veterinária e Direito, não chegando a complet?los. Seu sonho de ser aviador
também não se concretizou. Diploma mesmo, gostava de brincar, s?teve o de
datilógrafo. Muito moço ainda, ingressou na vida literária, como integrante da
geração mineira a que pertence Fernando Sabino e pertenceram os j?falecidos Otto Lara
Resende, Hélio Pellegrino, João Ettiene Filho e Murilo Rubião. Em Belo Horizonte,
dirigiu o suplemento literário da Folha de Minas e trabalhou na empresa de
construção civil de um tio.
Veio ao Rio de Janeiro, em 1945, para
conhecer o poeta Pablo Neruda, e por aqui ficou. No Rio j?se encontravam seus melhores
amigos de Minas — Sabino, Otto, e Hélio Pellegrino. Passou a colaborar em O
Jornal, Correio da Manh?/i> (de que foi redator durante dois anos e meio) e Diário
Carioca. Neste último, assinava a "Semana Literária" e, depois, a
crônica diária "Primeiro Plano". Foi, durante muitos anos, um dos três
cronistas efetivos da revista Manchete.
Admitido no IPASE, em 1947, como fiscal
de obras, passou a redator daquele órgão e chegou a ser diretor da Divisão de Obras
Raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Em 1951 lança seu primeiro livro,
"A palavra escrita" (poemas).
Casou-se, nesse mesmo ano, com Joan, de
descendência inglesa, tendo tido dois filhos: Gabriela e Daniel.
Buscando meios de sustentar a família, Paulo
Mendes Campos foi repórter e, algumas vezes, redator de publicidade
Foi, também, hábil tradutor de poesia e
prosa inglesa e francesa — entre outros Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin,
Shakespeare, além de Neruda, tendo enriquecido sua experiência humana em viagens ?
Europa e ?Ásia.
Em 1962, experimentou ácido lisérgico,
acompanhado por um médico. Relatou sua experiência em artigos publicados na
revista "Manchete", depois reproduzidas em "O colunista do morro" e em
"Trinca de copas", seu último livro. Disse que a droga abriu
"comportas" e ele se deixou invadir pelo "jorro caótico"do
inconsciente at?sentir o peso e a nitidez das palavras que produziam um "milagre da
voz". E completava: "A comparação não presta, mas por um momento eu era
uma espécie de São Francisco de Assis falando com o lobo. O lobo também sabe que
amor com amor se paga".
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